Baú do Maga

Fernando Solera

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FERNANDO SOLERA é considerado um dos maiores narradores esportivos da tv brasileira. Ele, que hoje está com 84 anos, nasceu em Ribeirão Preto e começou no início dos anos 50 na PRA-7, Rádio Clube de Ribeirão Preto. Em 1957 veio para a Rádio Difusora de SP e no ano seguinte iria para a Rádio Bandeirantes. Na Bandeirantes Solera fez de tudo. Além de ter sido repórter de campo, comentarista e narrador, também foi disc-jockey apresentando vários programas musicais, tais como Mil Discos é o Limite, Placar Bandeirantes de Sucesso e Agente 840.

1965 - Revista Melodias

1965 – Revista Melodias

1967 - Revista Melodias

1967 – Revista Melodias

1967 - Fernando Solera é o Agente 840

1967 – Fernando Solera é o Agente 840

Fernando Solera - Sucesso no rádio

Fernando Solera – Sucesso no rádio

1970 - Fernando Solera, nome sempre presente na Rádio Bandeirantes

1970 – Fernando Solera, nome sempre presente na Rádio Bandeirantes

Fernando Solera - Sucesso no rádio e na tv

Fernando Solera – Sucesso no rádio e na tv

Solera também foi locutor jornalístico, emprestando sua voz ao Jornal Primeira Hora. A partir de Maio de 1967, com a inauguração da TV Bandeirantes, Solera foi convidado para ser o seu narrador esportivo número um. E o foi desde 1967 até 1983. Depois passou pela TV Record e TV Gazeta, até “ser aposentado” em 2014. Seu estilo de narração esportiva serviu de guia para outros profissionais, dentre eles simplesmente Galvão Bueno. Solera é pai do Dr Fernando Gaya Solera, nomeado pela FIFA como autoridade antidoping no Brasil. Solera criou para a TV Bandeirantes um nome para a jornada esportiva: O Melhor Futebol No Mundo é no 13. Isso veio a fazer com que ele se diferenciasse nas transmissões esportivas em seus tempos de TV Bandeirantes por ser o primeiro narrador da tv brasileira a não gritar o gol. Em vez do interminável gol ele dizia “O melhor futebol do mundo é no 13”. 

Estadão - 1967

Estadão – 1967

1967 - Fernando Solera narrando basquete

1967 – Fernando Solera narrando basquete

Estadão - 1968

Estadão – 1968

1968 - O melhor futebol do mundo no 13 - Criação de Solera

1968 – O melhor futebol do mundo no 13 – Criação de Solera

1969 - Solera apresenta Escolinha de Futebol

1969 – Solera apresenta Escolinha de Futebol

1969 - Solera comanda mesa redonda na Bandeirantes

1969 – Solera comanda mesa redonda na Bandeirantes

Estadão - 1969

Estadão – 1969

O ápice de sua carreira aconteceria em 1970 na transmissão da Copa do Mundo, no México. Além de ser a primeira copa transmitida ao vivo, as emissoras de tv foram obrigadas a formar um pool de transmissão. Assim foram 4 narradores de três emissoras diferentes a fazerem as transmissões: Walter Abrahão e Oduvaldo Cozzi, representando os Diários Associados, a Tupi; Geraldo José de Almeida, a Globo; e Solera, a Bandeirantes. Por se tratar de um pool, Solera não poderia gritar o seu famoso “O melhor futebol no mundo é no 13”. Foi, então, que ele adaptou, exclusivamente para os jogos do Brasil, “O melhor futebol do mundo no barbante deles”.  Na Copa de 70, Solera narrou o primeiro gol do Brasil, na estreia, e também o último, na grande final. Aliás, por haver narrado TRÊS dos QUATRO gols brasileiros na grande final, Fernando Solera recebeu o carinhoso apelido de Boca de Ouro.

Fernando Solera - O Boca de Outro da Copa de 70

Fernando Solera – O Boca de Outro da Copa de 70

A copa de 70, além de ser a primeira a ser transmitida ao vivo, também foi a primeira a ser transmitida em cores, embora — aqui no Brasil — todos os aparelhos ainda fossem em preto e branco.  Nessa época, em suas transmissões, Solera costumava muitas vezes referir-se ao Pelé como “crioulo”. Essa “intimidade” causava certo desconforto em alguns colegas da imprensa. Tanto é que, já no México, um jornalista esportivo fez a seguinte observação:
— Solera, você não acha que é uma falta de respeito, durante a narração, referir-se ao Pelé como crioulo?
E Solera com todo o seu peculiar cavalheirismo respondeu:
— Acho que não. Ainda mais agora que, com a chegada da tv em cores, todo mundo vai poder ver que em preto e branco ou colorido o crioulo é crioulo.
Para matar a saudade, clique no player e assista aos melhores lances do 2º tempo do jogo Brasil 4×1 Itália, na Copa de 1970, narrados por Fernando Solera.

https://youtu.be/2i9skxU21wg

 

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Durval de Souza

Durval de Souza

DURVAL DE SOUZA [1928 Matão/SP — 1982 São Paulo/SP]
Durval de Souza é um dos maiores nomes de tv brasileira. Foi contrarregra, tradutor, dublador, narrador, produtor, diretor, ator dramático, humorista e comediante.

Durval de Souza, o faz-tudo da tv

Durval de Souza, o faz-tudo da tv

Começou na televisão em 1952 na TV Record, atendendo a convite de um colega que cursava com ele a Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde ambos eram alunos de Adolfo Celli e Ziembinsky. Trabalhando inicialmente atrás das câmeras como contrarregra, ele não tardou a a passar também para a frente das lentes, tendo sido convidado a interpretar papéis dramáticos.

1954 - Durval de Souza e a apresentadora Rosa Maria

1954 – Durval de Souza e a apresentadora Rosa Maria

1956 - Durval, o contrarregra

1956 – Durval, o contrarregra

1957 - Durval de Souza no comando do programa Big Show Peixe

1957 – Durval de Souza no comando do programa Big Show Peixe

E  em 1953 Durval já recebia seu primeiro Troféu Roquette Pinto [o Oscar da tv e do rádio, na época] como revelação do ano. Ao todo foram 5 troféus Roquette Pinto: um como melhor teleator humorístico e três como melhor produtor de programas infantis.

1957 - O Estado de S. Paulo

1957 – O Estado de S. Paulo – Durval, o melhor teleator humorístico de 1956

1964 - Intervalo - Durval, o melhor produtor infantil de 63

1964 – Intervalo – Durval, o melhor produtor infantil de 63

Seu primeiro programa solo foi “Durval, o garoto-propaganda”, em 1956.1956 Durval o garoto propaganda

1957 - Durval ensaia "Durval, o garoto-propaganda" juntamente com o cantor  Luiz Vieira e o ator Gabrielo Paone

1957 – Durval ensaia “Durval, o garoto-propaganda” juntamente com o cantor Luiz Vieira e o ator Gabrielo Paone

1957 - Revista do Rádio

1957 – Revista do Rádio

Foi Durval o idealizador, produtor e diretor de um dos primeiros programas infantis: a Grande Gincana Kibon. Tendo também produzido outro famoso programa: o Pulmann Jr.

1963 - Folha de São Paulo

1963 – Folha de São Paulo

1967 Revista Intervalo

1967 Revista Intervalo

Incentivador da música como ferramenta de ensino, produziu e dirigiu nos anos 60, o Concurso de Bandas e Fanfarras entre as escolas do estado de São Paulo. Durval de Souza sempre foi muito querido por todos aqueles que com ele compartilhavam os bastidores e as cenas na televisão.

O ator Gabrielo Paone, o diretor Nilton Travesso, Durval de Souza e Pimentinha (o ator Valter Seyssel)

O ator Gabrielo Paone, o diretor Nilton Travesso, Durval de Souza e Pimentinha (o ator Valter Seyssel)

A maquiadora Ana e Durval de Souza

A maquiadora Ana e Durval de Souza

Eclético, Durval de Souza era capaz de interpretar um personagem dramático como Lampião  e com a mesma desenvoltura interpretar um lorde inglês ou um delicado costureiro francês. 

1956 - Durval de Souza em papel dramático

1956 – Durval de Souza em papel dramático

1956 - Durval em "550 Km atrás"

1956 – Durval em “550 Km atrás

Durval de Souza estrelando em "My Darling"

Durval de Souza estrelando em “My Darling”

Durval de Souza em "Histórias que a vida escreve"

Durval de Souza em “Histórias que a vida escreve”

Durval de souza em "A Cidadela"

Durval de souza em “A Cidadela”

Durval no elenco do programam Première

Durval no elenco do programam Première

Durval de Souza podia ser um ator sério...

Durval de Souza podia ser um personagem dramático…

... um personagem infantil como um mágico...

… um personagem infantil como um mágico…

... um personagem humorístico como o próprio diabo...

… um personagem humorístico como o próprio diabo…

... ou até mesmo fazer uma imitação da amiga Hebe Camargo.

… ou até mesmo fazer uma imitação da amiga Hebe Camargo.

Participou, ora como “escada” ora como comediante, dos shows de maior sucesso nos anos 60/70. Na TV Record : O Abre-Alas, Show 713, Papai Sabe Nada (com Renato Côrte Real), Grande Show União (com Consuelo Leandro), Grande Show Rivo, Horário Nobrega, Chico Anysio Show, Praça da Alegria e Família Trapo, onde substituiu Jô Soares, fazendo o mordomo francês Bernard Taillan. Na TV Tupi: Bacará 76, Domingo Alegre e Os Trapalhões com quem migrou para a TV Globo, sendo esse o seu último trabalho. 

Durval em três momentos diferentes da comédia

Durval em três momentos diferentes da comédia

1958 - Grande Otelo e Durval de Souza

1958 – Grande Otelo e Durval de Souza

1962 - Pimentinha, Selmy  Oliveira e Durval de Souza - Show 713

1962 – Pimentinha, Selmy Oliveira e Durval – Show 713

1963 - Cosneulo Leandro e Durval - Grande Show União

1963 – Consuelo Leandro e Durval – Grande Show União

1965 - Rony Rios, Durval e Waldecyr Monteiro

1965 – Rony Rios, Durval e Waldecyr Monteiro

1965 - Durval e Renato Côrte Real em Papai Sabe Nada

1965 – Durval e Renato Côrte Real em Papai Sabe Nada

Durval de Souza no elenco de Chico Anysio Show

Durval de Souza no elenco de Chico Anysio Show

Durval de Souza em "Horário Nobre...ga" com Manoel de Nóbrega

Durval de Souza em “Horário Nobre…ga” com Manoel de Nóbrega

Durval integrou o elenco de "CEará Contra 007", a primeira novela humorística da tv

Durval integrou o elenco de “CEará Contra 007″, a primeira novela humorística da tv

Mas foi sua performance com Hitler a sua marca registrada. Durval fazia um Hitler melhor que o próprio Hitler. Tanto é que ao participar da novela humorística Quem Bate, em 1965, apesar de ser uma imitação numa comédia, o jardim de sua casa várias vezes amanheceu bombardeada por ovos lançados por telespectadores, numa espécie de vingança contra o ditador austríaco.Capa 149 - Zeloni e Durval 2 Quem Bate - Renato Côrte Real - Zeloni - Durval

Foto histórica cedida pela filha Regina de Souza: Adoniran Barboca, Renato Côrte Real e Durval de Souza

Foto histórica cedida pela filha Regina de Souza: Adoniran Barbosa, Renato Côrte Real e Durval de Souza

Existe na televisão uma cena folclórica com várias versões apontando vários protagonistas. Mas, mais de uma fonte, me confirmou ter sido Durval de Souza o primeiro protagonista. Quando em 1952 Durval começou a trabalhar na TV Record, ali o diretor-geral era ninguém menos que Dr Paulo Machado de Carvalho. Um dia, o telefone tocou na sala de produção onde o atarefado Durval trabalhava. Ele atende:
— Alô?
— Por favor, eu preciso falar com fulano de tal.
— Ele não está no momento.
— Então, por favor, vá procura-lo.
— Agora não posso. Tou muito ocupado.
— Mas eu preciso falar urgente com ele.
— Liga mais tarde, que agora não dá.
— Escuta, você sabe quem está falando aqui?
— Não. Quem é?
— Aqui é o Dr Paulo Machado de Carvalho.
— Ah, Dr. Paulo? E o senhor sabe quem tá falando aqui?
— Não.
— Graças a Deus! – E Durval desligou rapidinho o telefone.
Clique no player e assista a uma cena do especial A Dama das Camélias, TV Record, 1967. Dela participam Jorge Loredo [o eterno Zé Bonitinho], Hebe Camargo, Zilda Cardoso e Durval da Souza. Destaque para Durval de Souza, interpretando o afeminado Chamonix.

https://youtu.be/_q_HyN52gyA


 

 

 

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Simonetti Show — TV Excelsior

Simonetti Show - 1960/63

Simonetti Show – 1960/63

Enrico Simonetti [29/01/1924 – Alássio (IT) / 28/05/1978 – Roma (IT)]  começou a estudar música aos 4 anos e aos 9 ganhou uma bolsa de estudos na Fondazione Accademia Chigiana, em Siena. Aos 11 já era considerado um virtuose ao piano tendo começado a estudar na Accademia Nazionale di Santa Cecília, em Roma. Dedicou-se completamente à música após a guerra. Em 1945 formou um conjunto e viajou com ele pela Itália, Suíça e Turquia, onde morou por dois anos.

1958 Simonetti e sua orquestra escadaria do Teatro Municipal em São Paulo

1958 Simonetti e sua orquestra na escadaria do Teatro Municipal em S. Paulo

 Começou a estudar música aos 4 anos e aos 9 ganhou uma bolsa de estudos na Fondazione Accademia Chigiana, em Siena. Aos 11 já era considerado um virtuose ao piano tendo começado a estudar na Accademia Nazionale di Santa Cecília, em Roma. Dedicou-se completamente à música após a guerra. Em 1945 formou um conjunto e viajou com ele pela Itália, Suíça e Turquia, onde morou por dois anos. Em 1949 retornou à Itália e ali recebeu um convite para excursionar pela América do Sul. O destino inicial foi o Chile e depois a Argentina. Por conta própria decidiu conhecer o Brasil, onde chegou em 1950. Não foi difícil para Simonetti encontrar emprego no Brasil, sobretudo na cidade de São Paulo, um dos maiores redutos da migração italiana.

Enrico Simonetti

Enrico Simonetti

Um de seus primeiros trabalhos foi o de fazer a parte musical num bar chamado Nick Bar, que ficava ao lado do Teatro Brasileiro de Comédia.

O Estado de São Paulo 1951

O Estado de São Paulo 1951

Seus arranjos ao piano chamaram a atenção da clientela do bar da qual fazia parte o o pessoal do TBC. Não demorou para que Simonetti recebesse o convite para musicar uma comédia que entraria em cartaz: O Anjo de Pedra, de Tennessee Willians.

O Estado de São Paulo 1950

O Estado de São Paulo 1950

Foi esse o seu primeiro trabalho profissional como músico no Brasil.  No ano seguinte viria o convite para musicar o filme Presença de Anita, que foi um sucesso de bilheteria.

Revista do Rádio 1951

Revista do Rádio 1951

O Estado de São Paulo 1951

O Estado de São Paulo 1951

Dessa forma, através de seu talanto como pianista e, compositor e arranjador, Simonetti musicou inúmeros espetáculos tanto nos palcos quanto nas telas.

Revista do Rádio 1951

Revista do Rádio 1951

Revista do Rádio 1951

Revista do Rádio 1951

O Estado de São Paulo 1951

O Estado de São Paulo 1951

A Noite - 1952

Revista do Rádio – 1952

Revista do Rádio 1953

Revista do Rádio 1953

Revista do Rádio 1953

Revista do Rádio 1953

O cinema abriu-lhe as portas para o veículo de comunicação mais forte na época: o rádio. Em 1952 ele era contratado pela Rádio Record de São Paulo.

Revista do Rádio 1952

Revista do Rádio 1952

Revista do Rádio 1952

Revista do Rádio 1952

Seu talento não tardou a ser reconhecido, pois no mesmo ano Simonetti ganharia seu primeiro troféu Roquette Pinto (que, na época, era o prêmio máximo do rádio e da televisão sobretudo em São Paulo).

Revista do Rádio 1952

Revista do Rádio 1952

Interessante observar que, aqui no Brasil, Enrico Simonetti aportuguesou seu nome, assinando Henrique. Por isso, à época, era muito comum ver-se Henrique Simonetti em revistas e jornais referindo-se ao maestro.

Detalhe da página acima

Henrique ou Enrico = Simonetti

Simonetti era um sujeito comunicativo e muito educado. Não havia quem não gostasse de trabalhar com ele. Tanto pelo seu talento quanto pelo seu bom humor.

Revista do Rádio 1952

Revista do Rádio 1952

O trabalho em cinema iria proporcionar outro momento de emoção para Simonetti: o de ser premiado com o Troféu Saci como melhor trilha sonora com o filme A Carne, em 1953.

Revista do Rádio - 1953

Revista do Rádio – 1953

O Estado de São Paulo 1953

O Estado de São Paulo 1953

E, como não poderia deixar de ser, depois dos tablados, das telas e dos microfones de estúdio, Simonetti foi levado para a televisão, tendo sido contratado, em 1954, pela TV Paulista Canal 5.

Revista do Rádio 1954

Revista do Rádio 1954

1957 Simonetti em encontro de maestros

Revista do Rádio 1957

Com uma produção artística invejável, Simonetti tornou-se um dos maiores nomes da gravadora Polydor.

Revista do Rádio - 1955

Revista do Rádio – 1955

Revista do Rádio 1955

Revista do Rádio 1955

Revista do Rádio 1956

Revista do Rádio 1956

Simonetti é a última foto na parte de baixo

Simonetti é o último na parte de baixo

 Em 1957, Simonetti trocaria a Polydor pela RGE. Em sua nova gravadora, além de ser o diretor artístico, Simonetti era também arranjador, tendo lançado vários nomes no mundo da música, dentre eles Maysa e Agostinho dos Santos.

1957 -  Simonetti (o segundo da esquerda para direita) entre o maestro Erlon Chaves e a cantora Ma\ysa

1957 – Simonetti (o segundo da esquerda para direita) entre o maestro Erlon Chaves e a cantora Maysa

Capa do disco de Agostinho dos Santos produzido por Simonetti

Capa do disco de Agostinho dos Santos produzido por Simonetti

1958 Simonetti com Pat Boone

1958 Maysa e Simonetti1961 ley eversong1960 Vaughan e BooneAinda no mesmo ano, Simonetti receberia vários prêmios como arranjador.

Simonetti criando um de seus arranjos - 1960

Simonetti criando um de seus arranjos – 1960

Dentre os prêmios estavam dois dos mais cobiçados prêmios do meio artístico. O primeiro delas foi o Prêmio Cidade São Paulo como o Melhor Arranjador de cinema com o filme Leonora.

Simonetti, o melhor arrnajador

Simonetti, o melhor arranjador

O filme que deu o prêmio Saci a Simonetti 1956

O filme que deu o prêmio Saci a Simonetti 1956

1957 Simonetti o melhor de 56 no cinema

Simonetti recebe o prêmio Governador do ?Estado das mãos de Jânio Quadros, à época, governador de S. Paulo

Simonetti recebe o prêmio Cidade de São Paulo das mãos de Jânio Quadros, à época, governador de S. Paulo

Da mesma forma, ele receberia o Troféu Roquette Pinto (seu segundo Roquette) como Melhor Maestro Orquestrador de televisão.

Revista do Rádio 1957

Revista do Rádio 1957

Destaque da página acima

Destaque da página acima

O ano também coincidiu com o lançamento de seu novo disco com sua orquestra.

Primeiro LP de Simonetti pela RGE

Primeiro LP de Simonetti pela RGE

É disco que eu gosto - 1957

É disco que eu gosto – 1957

Simonetti ainda lançaria vários outros discos, transitando muito bem entre os mais variados estilos.simonetti-e-orquestra-rge-lp-samba-707-14542-MLB4487403800_062013-Fsimonetti-e-seu-conjunto-lp-nacional-usado-accarezzame-mono-22378-MLB20229449386_012015-Fsimonetti-e-sua-orquestra-lp-bossa-nova-em-hollywood-14433-MLB4486435647_062013-FÉ preciso dizer aqui que ao final dos anos 50 a orquestra de Simonetti era a mais requisitada para os grandes bailes.

Simonetti e sua orquestra

Simonetti e sua orquestra

Isso em um tempo que os bailes contavam com feras da batuta como Sílvio Mazzuca, Osmar Milani e Robledo.

Sílvio Mazzuca

Sílvio Mazzuca

Osmar Milani

Osmar Milani

Robledo

Robledo

[Imagens acima obtidas no  blog www.pontodosmusicos.blogspot.com.br]
Chegava, então, o ano de 1960, que seria particularmente marcante para a carreira do maestro no Brasil. Contratado pela TV Excelsior, Canal 9, de São Paulo, Simonetti foi convidado a apresentar um programa com seu nome. À frente de sua famosa orquestra Simonetti alternava música com esquetes criativos em que ele e alguns de músicos participavam.  Dentre esses músicos destacavam-se Edgar [Edgar Gianullo, o guitarrista]; Capacete [Robero B. H. de Azevedo, baixista]; Juquinha [trompetista] e Hector Costita [saxofonista].

Simonetti Show - Edgard, Simonetti, Juquinha e Hector Costita

Simonetti Show – Edgard, Simonetti, Juquinha e Hector Costita

 O famoso Boni [José Bonifácio Sobrinho] foi o primeiro diretor e roteirista de “Simonetti Show”, exibido todas as sextas-feiras, em horário nobre.

Revista 7 Dias na TV 1960

Revista 7 Dias na TV 1960

Revista São Paulo na TV 1960

Revista São Paulo na TV 1960

Em seu livro [O Livro do Boni, Editora Casa da Palavra] Boni relata como tudo começou. “Em 1960, a orquestra do Simonetti ficou tão popular que passou a ser a campeã de bailes em São Paulo e a mais cara entre todas as orquestras de música dançante. Por essa razão, o Álvaro de Moya, diretor artístico da TV Excelsior, convidou o maestro Simonetti para fazer um show na televisão. O Jacques Netter ficou entusiasmado, contaminando o Scatena, e eu fui convocado para trabalhar no projeto. Simonetti e eu pensamos que não poderia ser apenas uma apresentação musical. Tínhamos na banda algumas figuras naturalmente engraçadas, como o Edgar, da guitarra, e o tímido Capacete, do contrabaixo. Pensamos então em intercalar música e humor feito pelos próprios integrantes da orquestra. O formato foi levado pelo Jacques ao Álvaro de Moya, que o aprovou com entusiasmo e me chamou para acertar o meu cachê.”   Ainda no livro, Boni faz referências ao programa de estreia de “Simonetti Show”.  “No primeiro programa, apareci vestido de cangaceiro, com uma faca entre os dentes, enquanto o locutor anunciava: ‘Este é o nosso querido e sempre carinhoso diretor.’ Fizemos miséria. Em um arranjo para samba da abertura de Guilherme Tell, havia um interminável solo de clarineta feito de propósito. Enquanto durava o solo, coloquei toda a orquestra para jogar baralho. Em um dos finais, criticado por muita gente como anticlímax, o Simonetti fez um arranjo em jazz para ‘Nana neném’. No auge do swing, virava uma melodiosa canção para dormir e ele, ao piano, bocejava, tirava uma dentadura falsa da boca, colocava dentro de um copo de água e caía no sono. Em seguida os músicos, progressivamente, iam parando de tocar e dormiam também. Os letreiros de encerramento foram apresentados ao som de roncos ensurdecedores e o programa terminou com o palco escurecendo.”  No ano seguinte, Boni seria obrigado a deixar o “Simonetti Show”. Para o seu lugar havia sido indicado um ator e também roteirista do Rio Janeiro. Pelo fato de estar muito gripado, Boni foi obrigado a fazer na cama a entrevista com seu futuro sucessor no programa. Um cara chamado Jô Soares.  Por esse motivo é que tanto Jô quanto Boni costumam dizer que se conheceram na cama. Sob o comando de Jô o “Simonetti Show” ganharia a presença feminina da atriz e cantora Lolita Rodrigues.

Lolita Rodrigues - 1960

Lolita Rodrigues – 1960

Lolita participava do programa como a Dona Lola, uma espécie de secretária de palco de Simonetti, que participava tanto dos esquetes como de vários números musicais.

Última Hora - 1961

Última Hora – 1961

Revista Intervalo 1962

Revista Intervalo 1962

Simonetti e Lolita - Entrosamento perfeito na música e no humor

Simonetti e Lolita – Entrosamento perfeito na música e no humor

O programa que já era absoluto em São Paulo passou a ser sucesso também no Rio de Janeiro, Primeiramente na TV Rio.

ÚLtima Hora - 1961

ÚLtima Hora – 1961

E posteriormente na TV Excelsior – Canal 2 – Rio.

Revista Intervalo - 1962

Revista Intervalo – 1962

Não havia comentário a respeito do “Simonetti Show” que não fosse elogioso.

O Mundo Ilustrado 1961

O Mundo Ilustrado 1961

Revista do Rádio 1962

Revista do Rádio 1962

Última Hora - 1963

Última Hora – 1963

O sucesso de “Simonetti Show” conduziu o maestro ao seu terceiro Troféu Roquette Pinto, o de 1962, como melhor orquestra de televisão.

Troféu Roquette Pinto 1962

Troféu Roquette Pinto 1962

Em entrevista à Revista do Rádio, em 1962, Simonetti falava a respeito do seu programa.1963 Sobre Simonetti ShowNO mesmo ano, Simonetti ganharia ainda o Troféu Saci [prêmio aos melhores do cinema brasileiro] como autor e arranjador da trilha sonora do filme Mulheres & Milhões.

Entrega do Troféu Saci - 1963

Entrega do Troféu Saci – 1963

Até em garoto-propaganda ele se transformou.

O Cruzeiro - 1962

O Cruzeiro – 1962

Em 1963, para tristeza do público brasileiro, o maestro Enrico Simonetti voltaria para a Itália.

Em 1963 a despedida durante a entrega do Roquette Pinto dos melhores de 1962

Em 1963 a despedida durante a entrega do Roquette Pinto dos melhores de 1962

Porém, seu nome nunca seria esquecido.1962 Simonetti foto boaEra comum ler em jornais e revistas notícias a respeito da sua talvez (im)possível volta ao país.1964 Simonetti 2Da mesma forma, foram várias as notícias de encontros de artistas brasileiros com o maestro no exterior.

Depoimento de Moacyr Franco 1967

Depoimento de Moacyr Franco 1967

Depoimento de Chico Buarque de Hollanda - 1968

Depoimento de Chico Buarque de Hollanda – 1968

Simonetti continuou na Itália a sua carreira como músico. Mas não deixou de lado o humor, tendo participado de inúmeros esquetes no programa Sabato Sera, da RAI.

Revista Intervalo 1966

Revista Intervalo 1966

Simonetti e Isabella Biangi - 1967

Simonetti e Isabella Biangi no Sabato Sera – 1967

Simonetti e Isabella Biangi no "Sabatto Sera - 1968

Simonetti e Isabella Biangi no Sabato Sera – 1968

Da mesma forma, Simonetti continuou ligado ao cinema seja como compositor ou até mesmo como ator. Enrico Simonetti faleceu em 1978, aos 54 anos, em função de complicações em uma cirurgia. 

O Estado de São Paulo 1978

O Estado de São Paulo 1978

Seguindo o caminho de Enrico, seu filho, Cláudio Simonetti, nascido do Brasil, vive na Itália desde que o maestro Simonetti para lá se mudou. Cláudio Simonetti é músico e produtor, tendo se tornado especialista na criação de trilhas musicais para filmes de terror como, por exemplo, Suspiria (1977), cuja trilha foi gravada pela banda Goblin da qual Cláudio Simonetti era o líder. Um dos últimos trabalhos de Cláudio Simonetti foi para o filme Drácula 3D do diretor italiano Dario Argento.

Maestro Cláudio Simonetti

Maestro Cláudio Simonetti

Infelizmente não existem registros sonoros nem de imagem de Simonetti Show pela TV Excelsior. Mas é possível ao menos ouvir a voz do maestro. Clique no player e ouça uma gravação de Enrico Simonetti feita na Rádio RAI em que ele fala e mostra seu arrnajo ao piano para a música Le Foglie Morte.         

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Esta noite se improvisa

Blota Jr.

Em Abril de 1967 a Equipe A da TV Record [equipe de criação da emissora formada por Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta; Nilton Travesso, Raul Duarte e Manoel Carlos (que viria a se tornar novelista)] revolveu criar um programa de competição musical. O termo game-show ainda não havia chegado ainda ao Brasil. A ideia era simples, assim como eram os chamados jogos de salão. Diante de um grupo de seis participantes, o apresentador diria uma palavra e aquele que primeira se soubesse e/ou cantasse uma música que contivesse a palavra marcaria ponto. Ao final do programa, o participante que marcasse mais pontos sairia como vencedor. Simples assim. Mas seria necessário fazer um piloto do programa antes de colocá-lo no ar. O problema é que não havia espaço físico nem tempo disponível para isso. A solução, então, foi fazer um teste dentro de um programa já existente. O programa escolhido foi o da Hebe Camargo, que ia ao ar aos domingos à noite.

Hebe em seu programa na TV Record

Hebe em seu programa na TV Record

Seria um quadro extra colocado no programa. Desse quadro extra, sob o comando da própria Hebe, participaram alguns cantores e cantoras pertencentes ao cast da emissora. Dentre eles estavam, entre outros, Nara Leão e Wilson Simonal.

Nara Leão ao lado de Chico Buarque

Nara Leão ao lado de Chico Buarque

Hebe explicou o quadro e logo depois foi logo dizendo “A palavra é…. OSSO”. Silêncio total no palco. Nenhum dos participantes se lembrava de alguma música que tivesse a palavra osso. Hebe, com toda a sua experiência, dirigiu-se ao público perguntando se alguém sabia. UM senhor levantou a mão e Hebe o desafiou a subir ao palco e cantar. O homem não vacilou. Subiu e cantou o trecho de uma música: “Se não tem água / eu furo um poço / Se não tem carne / eu compro um osso / e ponho na sopa / e deixo andar”. Aplausos e risos. Aplausos pela memória musical. Risos porque tratava-se da canção “Opinião”, que havia sido grava por… Nara Leão. Apesar do percalço, ficou a para todos a impressão de que o quadro havia tido boa aceitação. A Equipe A resolveu, então, arriscar e na primeira quinta-feira de Maio, dia 04, às 20 horas tinha início “Esta Noite Se Improvisa” sob o comando de Blota Jr.

Revista Intervalo

Revista Intervalo

Gravado no Teatro Paramount, em São Paulo, o programa caiu logo na aceitação do público paulista. Prova está que em apenas um mês o programa já estava entre os mais vistos e em dois meses estava quase no topo da maior audiência.1967-07 IBOPE Improvisa Com o sucesso em São Paulo, não tardou para que “Esta Noite Se Improvisa” passasse a ser exibido, em vídeo-tape, no Rio de Janeiro (por incrível que pareça) pela TV Tupi, Canal 6.1967-07 Improvisa na TV Rio blota O programa oferecia um grande prêmio ao vencedor da noite: um carro Gordini zero quilômetro.gordinigordini 21967-07 Improvisa Chico e Simonal Gordini O programa tinha uma dinâmica fácil. Os competidores ficavam sentados em frente a uma pequena instante, cada uma com um botão. Assim que o apresentador Blota Jr. dissesse a palavra a ser adivinhada, aquele que apertasse primeiro o botão [cuja indicação era conferida através de uma luz] tinha o direito de cantar a música que contivesse a palavra. Era um exercício de memória musical, agilidade e reflexo. A pontuação era interessante: 1 ponto para quem apenas dissesse o nome da música que continha a apalavra indicada. 3 pontos para quem cantasse apenas o trecho que se encontra a tal palavra. E 6 pontos para quem cantasse a música (desde que certa) inteira. Porém, se a música indicada ou cantada não contivesse a música, o participante seria penalizado com, respectivamente -1, -3 e -6 pontos.  A apresentação sempre marcante de Blota Jr., que fazia um delicioso suspense no momento de dizer a palavra, fez com que o programa ficasse conhecido popularmente por “A palavra é…” O programa teve várias feras, também chamados de “papa-Gordini”. Dentre eles estão Wilson Simonal, Chico Buarque de Hollanda, Caetano Velloso, Carlos Imperial, Aracy de Almeida e Aquiles, integrante do grupo vocal MPB-4.

Wilson Simonal

Wilson Simonal

Aquiles [o 3º da esq. p/ dir.] ao lado de Chico Buarque

Carlos IMperial

Carlos Imperial

Aracy de Almeida

Aracy de Almeida

Caetano Veloso com o grupo argentino Beat Boys

Caetano Veloso com o grupo argentino Beat Boys

Pode-se dizer que Caetano Velloso ficou conhecido pelo público do eixo Rio-São Paulo por causa do programa. Da mesma forma, pode-se dizer que Carlos Imperial, malandramente, era super comentado em São Paulo ao agitar a plateia, alegando que sua sorte se devia ao fato de ser simpatizante do Corinthians.

Imperial e seu lado corintiano

Imperial e seu lado corintiano

Um dos momentos mais inusitados do programam foi quando Chico Buarque apertou o botão e teve o direito de dizer/cantar qual era a música que continha a palavra. Chico foi ao microfone e cantou uma bonita canção. Ao final, o resultado: – 6 pontos. Vaias do público. Mas aí veio a explicação: por não se lembrar de nenhuma música que continha a palavra [ele apertara o botão apenas no impulso de ser o primeiro e pensar depois], Chico resolveu a questão cantando uma música que ainda não existia, pois ele a compusera ali naquela hora, de puro improviso.

Chico levou o improviso a sério e se deu mal

Chico levou o improviso a sério e se deu mal

Com o passar o do tempo, percebendo que o programa começava a perder o fôlego, a Equipe A da TV Record, resolveu oxigenar a atração dividindo-a em duas partes. Numa primeira parta o já famoso “A palavra é…” e numa segunda parte o conhecido Jogo da Mímica, que logo passou a ser chamado de “Esta Noite Se Mimica”. Na parte da mímica a brincadeira era entre times formado por três integrantes. Neste segmento, reinou o trio formado pela cantora Lílian (da dupla Leno e Lílian) mais seu marido e seu cunhado, Márcio e Ronald, que formavam a dupla Os Vips. Lílian depois saiu dando espaço a Ronnie Von. Também o trio formado por Jô Soares, Renata Fronzi e Zeloni (por vezes substituído por Miele) também foi vencedor várias vezes. 1968-05 Improvisa Família TrapoE como nem todo cantor era bom de mímica, às vezes havia reclamação dos seus parceiros de time. Como se pode confirmar abaixo a reclasmação de Hebe Camargo a respeito de Agnaldo Rayol.1968-03 Improvisa Mímica“Esta Noite Se Improvisa” permaneceu no ar entre Maio de 1967 e Junho de 1968 sempre com altíssima audiência tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.

O Estado de S. Paulo - 1968

O Estado de S. Paulo – 1968

Infelizmente não existem arquivos nem de áudio nem de vídeo. Mas há um depoimento extremamente bem-humorado de Chico Buarque de Hollanda a respeito do programa que está no documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, produzido em 2010. Clique no player e assista Chico Buarque falando de forma muita divertida sobre Esta Noite Se Improvisa.   

https://youtu.be/iw_HVlaVWp8

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Times Square – TV Excelsior

Times Square - TV Excelsior - Rio

Times Square – TV Excelsior – Rio

TIMES SQUARE é considerado até hoje o maior show que a tv brasileira produziu no século 20. Foi uma criação de Mário Wilson para a TV Excelsior do Rio. O programam era reprisado em Vt pela Tv Excelsior de SP. Times Square, exibido sempre às quintas-feiras, pontualmente às 20 horas, estreou em 03/10/1963, patrocinado pela rede de lojas Tele-Rio. Mesclando música e humor, foi o programa que mudou totalmente a concepção de show na televisão com mudanças seguidas em cenário sem que o programasse parasse. Exigia de seus comediantes, atores e atrizes uma performance própria da Broadway: ali todos cantavam, dançavam, interpretavam e  faziam humor. A direção esteve a cargo de Mário Wilson, o próprio criador, tendo passado depois por Paulo Celestino e Geraldo Cazé, sempre sob a supervisão geral de Carlos Manga. O texto inicialmente era de Haroldo Hollanda e Haroldo Barbosa. Depois passou a ser de Haroldo Barbosa e Mário Meira Guimarães. Parte musical era exclusiva do programa e ficava a cargo de João Roberto Kelly.

João Roberto Kelly - músicas exclusivas para o espetáculo

João Roberto Kelly – músicas exclusivas para o espetáculo

As composições musicais ganhavam os arranjos do maestro Alexandre Gnatalli. Times Square foi um dos programas com o maior número de profissionais envolvidos chegando a ter, em apenas uma exibição, a participação de 145 profissionais entre equipe técnica e artística. O programa também primava por apresentar as mais belas mulheres da televisão.

A francesa Annik Malvil no elenco de Times Square

A francesa Annik Malvil no elenco de Times Square

A estonteante Marivalda

A estonteante Marivalda

A atriz Myrian Pérsia

A atriz Myrian Pérsia

Zélia Hoffman e Lílian Fernandes

Zélia Hoffman e Lílian Fernandes

Esmeralda Barros

Esmeralda Barros

Em um programa de 1964 a escala artística foi a seguinte: Cyll Farney e Jacqueline Myrna como casal romântico. Número musicais com Dóris Monteiro, Agostinho dos Santos, Miltinho e Elza Soares. Elenco humorístico: Paulo Celestino, Zélia Hoffman, Daniel Filho, Dorinha Duval, Castrinho, Valdir Maia, Lilian Fernandes, Isa Rodrigues, Hamilton Ferreira, Walter D’ávila, Ema D’Ávila, Annik Malvil, Ari Leite, Marivalda, Jaime Filho, Esmeralda Barros, Geraldo Barbosa, Nélia Paula, Mirian Pérsia, Roberto Guilherme, Aizita Nascimento e Grande Otelo.

Elenco de Times Square - 1963

Elenco de Times Square – 1963

Elenco de Times Square - 1964

Elenco de Times Square – 1964

Havia quadros fixos de muito sucesso como Os Gângsteres, As Aeromoças, Os Cowboys e Garotas de Pensionato. O ponto alto do programam ficava por conta de dois quadros. Um eles era Os Bonecos Dançantes em que Castrinho e Dorinha Duval imitavam dois bonecos dançando uma música em ritmo acelerado.

Dorinha Duval e Castrinho - Os Bonecos

Dorinha Duval e Castrinho – Os Bonecos

Daniel Filho - Diretor do quadro Os Bonecos

Daniel Filho – Diretor do quadro Os Bonecos

Depois Castrinho foi substituído por Daniel Filho.

Os Bonecos com Daniel Filho e Dorinha Duval

Os Bonecos com Daniel Filho e Dorinha Duval

E outro quadro chamado Samba de Branco em que quatro casais de comediantes cantavam e dançavam os ritmos da época, sendo que no final entravam Grande Otelo e a mulata Aizita Nascimento para mostrar que samba era mesmo de negro.

Times Square 1 1964 (2)Times Square 2 1964 (2)

Grande Otelo e Aizita Nascimento

Grande Otelo e Aizita Nascimento

Time Square sempre foi líder de audiência em seu horário.1964 Times Square ibope 2Porém, no último programa a ser exibido aconteceu algo novo em termos de televisão: Carlos Manga decidiu que o roteiro e o elenco deveriam ser os mesmos do programa de estreia. E assim foi feito com muita emoção.
Um dos muitos casos interessantes que aconteceram é aquele ocorrido justamente no dia da estreia. O conhecido autor e roteirista Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), ao assistir o último ensaio geral, procurou Mário Wilson, diretor e criador de Times Square, para fazer um alerta. Isso porque na letra do tema de abertura havia uma quadra, bem no trecho inicial, que dizia assim: “Times Square é uma esquina…”

SÉRGIO PORTO – Mário, tem um erro na quadra inicial. A Times Square original, a da Broadway, lá dos americanos, não é uma esquina e sim uma praça.
MÁRIO WILSON – É mesmo? Mas já tá tudo ensaiado.
SÉRGIO PORTO – É, cara. Mas isso não pode ficar assim. Isso precisa mudar.
MÁRIO WILSON – Olha, falta menos de uma hora pra entrar no ar. Então, diz pros americanos que eles podem continuar com a Times Square deles, errada mesmo, que a gente não vai reclamar, tá.

Clique nos links abaixo e ouça, além do tema de abertura, três outros temas de quadros fixos do programa.

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