Baú do Maga

O sopro de Ray Charles

Ray Charles

Em 22 de Setembro de 1963 Ray Charles realizou seu primeiro show no Brasil.

Snapshot - 8
O espetáculo foi transmitido diretamente do palco da TV Excelsior de São Paulo, Canal 9. A apresentação foi ao vivo com a presença de sua orquestra,

Ray Charles e orquestra

Ray Charles e orquestra

do backing vocal The Raeletts (Gwen Berry, Margie Hendrix, Darlene McCray e Patricia Richards)

The Raeletts

The Raeletts

e com direito, inclusive, a microfone em cima do piano.Snapshot - 2 Ray Charles cantou e empolgou a plateia com vários dos seus sucessos, tais como What’d I Say, Hit The Road Jack e I Can’t Stop Loving You. Mas um dos pontos altos foi o momento em que ele deixou o piano e postou-se à frente da orquestra para tocar o mais puro jazz de improviso ao som de um saxofone. Clique no player e assiste, em P&B, Ray Charles em seu improviso jazzístico.

 

 

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O Cara Suja – 1965

Sérgio Cardoso e Rita Cléos

Sérgio Cardoso e Rita Cléos

Em 1964 a TV Tupi de São Paulo lançava a novela “Alma Cigana” (às 20:00, de 02 de Março a 08 de Maio, 50 capítulos), que tinha a atriz Ana Rosa como protagonista vivendo as gêmeas Estela e Esmeralda. A novela era situada na Espanha durante a Revolução Espanhola (1936-1939). No final do mesmo ano a TV Tupi em conjunto com a TV Rio lançaram “O Direito de Nascer”. A novela era situada em Cuba, no ano de 1899, e tinha Amilton Fernandes no papel principal, que era Albertinho Limonta. Assim Ana Rosa e Amilton Fernandes foram os primeiros a viverem estrangeiros em papel principal, em terras do exterior, nas chamadas “novelas de época”. Coube, então, ao ator Sérgio Cardoso viver o papel principal da primeira novela contemporânea que tinha um imigrante como protagonista.

Sérgio Cardoso

Sérgio Cardoso

 “O Cara Suja” foi uma novela produzida pela TV Tupi de São Paulo com direção de Geraldo Vietri e texto de Walter George Durst adaptado da novela do autor mexicano Roberto Valente.

Geraldo Vietri

Geraldo Vietri

Walter George Durst

Walter George Durst

“O Cara Suja” era exibido de segunda a sexta, às 20 horas, de 01 de Abril a 13 de Julho, num total de 74 capítulos [um marco, considerando-se  que, à época, as novelas do horário tinham 50 capítulos, em média]. Embora o texto original tratasse da história de um espanhol, Walter George Durst revolveu fazer a adaptação para um italiano (vindo de Catanzaro, na Calábria). O fato de Walter George Durst e a TV Tupi serem da capital paulista, onde é imensa a colônia italiana, obviamente ajudaram na decisão.

Revista Intervalo 1965

Revista Intervalo 1965

A história narrava as dificuldades de Ciccillo Nascareda (Sérgio Cardoso) em conquistar o amor de Yara (personagem da atriz e dubladora Rita Cléos), que pertencia a uma família tradicional paulistana em franca decadência por causa de dívidas.

Yara (a Biondina) e Ciccillo

Yara (a Biondina) e Ciccillo

 Ciccillo – um calabrês do tipo bem tosco – chegara pobre ao Brasil e transformou-se num milionário do dia para noite por causa de um golpe de sorte jogando na loteria. Do interesse da família de Yara na fortuna de Ciccillo surgiu a proposta: fazer o calabrês casar-se com a moça a fim de se manter na lata sociedade. A história girava em torno do desprezo que Yara [a quem, para desespero da própria, Ciccillo chamava de Biondina]  nutria pelo “carcamano”, que se apaixonara assim que a conhecera. Interessante é que Sérgio Cardoso e Rita Cléos já haviam trabalhado juntos no teatro quando ele já era conhecido e ela ainda era iuma atriz em início de carreira.

Última Hora - 1960

Última Hora – 1960

A trama simples e linear, que contava com um elenco enxuto de 12 a 14 artistas, não demorou a cair no gosto paulistano e atingir altos níveis de audiência, chegando a bater a famosa novela das 21 horas, O Direito de Nascer, também da TV Tupi.

Revista 7 Dias na TV - 1965

Revista 7 Dias na TV – 1965

Estavam no elenco: Percy Ayres, Juca de Oliveira [que anos depois,  também na TV Tupi, faria Nino, personagem principal da novela “Nino, o italianinho”], Marisa Sanches, Norah Fontes, Gilberto Sálvio, Gian Carlo e Débora Duarte, entre outros.

Percy Ayres e Rita Cléos

Percy Ayres e Rita Cléos

Juca de Oliveira

Juca de Oliveira

Acima, Gian Carlo; em baixo Gilberto Sálvio

Gian Carlo (acima) e Gilberto Sálvio

 Com a previsão inicial de 50 capítulos, “O Cara Suja” ganhou uma sobrevida devido à audiência, principalmente quando a trama trouxe uma rival para a Biondina: Marília, interpretada pela atriz Carmem Jóia. O triângulo formado pelos personagens, Biondina, Ciccillo e Marília tornou-se assunto obrigatório.

Revista Intervalo 1965

Revista Intervalo 1965

Afinal, com quem Ciccillo ficaria? Com Marília?

Marília e Ciccillo

Marília e Ciccillo

OU com a Biondina?

Ciccillo e Yara, a Biondina

Ciccillo e Yara, a Biondina

O sucesso de “O Cara Suja” não ficaria restrito a São Paulo. Embora ainda não houvesse o conceito de transmissão em rede, outras emissoras pertencentes aos Diários Associados também passaram a transmitir a novela, e com o mesmo sucesso. Foi assim na TV Tupi – Rio, canal 6. 18 RioNa TV Alterosa (Belo Horizonte), canal 2.17 BHE na TV Piratini (Porto Alegre), canal 5.16 Porto Alegre Na TV Piratini o sucesso da novela foi praticamente tão grande quanto o de São Paulo.

Revista do Rádio - 1965

Revista do Rádio – 1965

Houve grande repercussão a respeito do affair entre o ator Sérgio Cardoso e a atriz Carmem Jóia.

Revista Intervalo - 1965

Revista Intervalo – 1965

Coisa que não ficou fora do bom humor brasileiro.

Revista do Rádio - 1965

Revista do Rádio – 1965

A aproximação do final da novela chegou a causar celeuma por causa da notícia de que Ciccillo morreria no último capítulo. Isso fez com que até a coluna O Cabresto, do sisudo jornal Folha de São Paulo, publicasse ironia a respeito em sua edição de 01 de Julho de 1965.

Trecho da coluna O Cabresto

Trecho da coluna O Cabresto

Como toda novela, “O Cara Suja’ possuía seu tema de abertura”. Tratava-se de “Se piangi, se ridi”, música cantada por Bobby Solo. Entretanto, o sucesso da novela foi tal que Sérgio Cardoso resolveu gravar a canção. A intenção do ator chegou a causar uma briga entre gravadoras.

Revista Intervalo - 1965

Revista Intervalo – 1965

Por fim, Sérgio Cardoso lançou um compacto simples pela gravadora Continental. De um lado “Se piangi, se ridi”, com direito a uma declamação para a amada Biondina, coisa que não havia na gravação original.12 Compacto Se piangi Do outro lado, Sérgio gravou a canção “Biondina”, composição de Uccio Gaeta,  músico e ator  italiano radicado há muito no Brasil, que foi responsável pelo acompanhamento nas duas gravações. Num dado trecho da música ouve-se o termo “ma, chi lo sa” (mas, quem sabe) que foi uma espécie de bordão popularizado pelo personagem em inúmeras situações.  11 Compacto BiodinaO apelo do personagem foi tão forte que no selo do disco vinha a informação de que o intérprete era Sérgio Cardoso, o Ciccillo, colocado entre parêntesis. Infelizmente não há registros de nenhuma cena da novela. Mas você pode poder clicar nos players e ouvir as gravações das canções do compacto simples na voz de Sérgio Cardoso.

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Zeloni, o homem da “pernacchia”!

Zeloni coma esposa Gióia e as 5 filhas:Silvana, Romana, Biaca, Tiziana e Rossana

Nome completo  – Otello Zeloni
Nascimento 26//11/1921– Roma – Itália
Falecimento 29/12/1973 – São Paulo – SP

02 ZELONI

Zeloni, a esposa Gióia e as filhas Silvana, Romana, Bianca, Tiziana e Rossana.

Ainda na Itália, Zeloni tirou brevê aos 19 anos. Na mesma época, foi convocado pela aviação italiana como piloto em virtude da eclosão da II Guerra Mundial. Em seu treinamento constaram 2 quedas de avião, uma colisão e mais de 17 pousos forçados na região de Frosinone, a 30 km de Roma. No entanto, Zeloni livrou-se de pilotar um super bombardeiro porque o fim do seu treinamento coincidiu com o da assinatura de rendição da Itália. Anos depois Zeloni saiu da Itália, indo para a Argentina a fim de negociar filmes italianos. Uma vez em Buenos Ayres, ingressou na Cia. Italiana de Revista, que tinha uma viagem marcada para o Brasil. Em 1949 a companhia veio para o Brasil, exibiu-se e foi embora. Mas Zeloni aqui ficou.

Anúncio na Folha da Manhã de 02/10/49 falando da Cia. Italiana de Revistas

Anúncio na Folha da Manhã de 02/10/49 falando da Cia. Italiana de Revistas com Zeloni

Zeloni entrou para o teatro de revista e estrelou inúmero sucesso em diversas companhias teatrais. “As urnas vão rolar”, “Nonô vai na raça”, “Mão na toca”.

Folha da Noite 22/01/54

Folha da Noite 22/01/54

Última Hora 1956

Última Hora 1956

Chegou, inclusive, ter a sua própria companhia teatral.

Folha da Noite - 01/11/1959

Folha da Noite – 01/11/1959

Seu trabalho em teatro lhe valeu o Prêmio Governador Do Estado de São, de 1964, como melhor ator devido à sua atuação na comédia “Os Ossos do Barão”.

Revista Intervalo - 1964

Revista Intervalo – 1964

Zeloni também dedicou-se ao cinema.  Fez vários filmes ao lado de grandes comediantes como Ronald Golias, Zé Trindade e Dercy Gonçalves.

A Baronesa Transviada - 1957

A Baronesa Transviada – 1957

Zeloni (o último à direita) em A Baronesa Transviada

Catalano, Dercy Gonçalves, Lueli Figueiró e Zeloni em A Baronesa Transviada 1957

Zeloni com Lilian Fernandes e Zé Trindade em "Marido de Mulher Boa" 1960

Zeloni com Lilian Fernandes e Zé Trindade em “Marido de Mulher Boa” 1960

Mas seu grande sucesso foi mesmo na televisão. Foi ali que ele desenvolveu três personagens marcantes: Dom Camilo (um padre italiano histriônico).

7 Dias na TV - 1957

7 Dias na TV – 1957

08 ZELONI

Heitor de Andrade e Otello Zeloni na série Dom Camilo

Heitor de Andrade e Otello Zeloni na série Dom Camilo

Revista São Paulo na TV 1961

Revista São Paulo na TV 1961

Também fez o Prontidão (um guarda atrapalhado), cujo bordão era “O senhor me chamou?” sempre que era chamado pelo superior.

Zeloni, o Prontidão

Zeloni, o Prontidão

Mas o personagem mais famoso foi, sem dúvida, Pepino Trapo,  o cunhado Bronco na lendária Família Trapo.

Melodias 1967

Otello Zeloni, Jô Soares, Ricarco Côrte Real, Renata Fronzi, Cidinha Campos e Ronaldo Golias.

Bronco (Golias), Stevie Wonder e Peppino (Zeloni) em A Família Trapo

Bronco (Golias), Stevie Wonder e Peppino (Zeloni) em A Família Trapo

Zeloni, Golias, Renata Fronza, Jô Soares e Pelé em "A Família Trapo" 1968

Zeloni, Golias, Renata Fronzi, Jô Soares e Pelé em “A Família Trapo” 1968

Em Família Trapo Zeloni trouxe para o público a expressão italiana “Pernacchia”, som e gesto considerados vulgares para os italianos, símbolo audiovisual da flatulência. Interessante é que essa expressão – acompanhada de gesto – fez muito sucesso numa época em que a sociedade não era tão liberal como hoje, mas, ao mesmo tempo, não havia um patrulhamento politicamente correto tão intenso. Também no programa Família Trapo, Peppino Trapo (Zeloni) tornou famosa sua inclinação Nara leão, uma das musas da bossa-nova, sempre fazendo alguma menção (com leve apelo malicioso) aos bem torneados joelhos da cantora. 

Revista Intervalo 1968

Revista Intervalo 1968

Zeloni tornou-se peça fundamental em especiais da televisão brasileira, sobretudo no famoso Show do Dia 7 da TV Record.

O cômico português Raul Solnado e Zeloni no Show do dia 7 de 1967

O cômico português Raul Solnado e Zeloni no Show do dia 7 de 1967

Zeloni, Renata Fronzi e Walter D'Ávila no Show do Dia 7 de 1968

Zeloni, Renata Fronzi e Walter D’Ávila no Show do Dia 7 de 1968

Em 1967, na TV Record, Zeloni comandou juntamente do Wilson Simonal um programa cuja fórmula já se mostrara infalível: música mesclada com humor.

Revista Intervalo 1967

Revista Intervalo 1967

Foi ele também o primeiro artista a apresentar um programa de culinária na TV, cozinhando e apresentando suas receitas. O programam chamava-se Zeloni Forno e Fogão.

Revista Intervalo 1972

Revista Intervalo 1972

O último trabalho de Zeloni foi como protagonista da novela O Conde Zebra, na TV Tupi. Entretanto, a novela ficou no ar pouco mais de um mês. Quando, por causa de grave doença, Zeloni fo internado, a direção da TV Tupi resolveu suspender a a exibição. Com o seu falecimento a novela jamais foi concluída.

Zeloni junto do elenco da novela O Conde Zebra, seu último trabalho

Zeloni com elenco da novela O Conde Zebra em seu último trabalho

Zeloni era muito espirituoso e adorava um bom improviso. Nos início dos anos 60 ele e Walter D’Ávila saíram da TV Record e foram para a TV Tupi.

Walter D'Ávila e Zeloni na Tv Tupi

Walter D’Ávila e Zeloni na TV Tupi

Os estúdios da nova casa não eram tão grandes quanto os da antiga. Num esquete que tinha o céu como cenário, os dois interpretavam dois anjos. D’Ávila, que tinha mania de falar e dar um passo na direção do interlocutor – ainda desambientado – foi empurrando Zeloni para fora do cenário. Chegou uma hora em que Zeloni pegou D’Ávila pelo braço e faliu trazendo-o para o meio do set:
— Vem mais pra cá, que aqui o céu não é tão grande como era na outra emissora.

Principais trabalhos de Otello Zeloni em TV: 

1957 – O pequeno mundo de Dom Camilo – TV Tupi
1958 – Atrações Pirani – TV Tupi
1960 – A volta de Dom Camilo – TV Tupi
1960 – Boas Novas – TV Tupi
1961 – Clímax para milhões – TV Rio
1961 – Três é demais – TV Record/TV Rio
1962 – Ri-Fi Sete – TV Record/TV Rio
1963 – São Paulo à noite – TV Tupi
1964 – Zeloni em uma peça só – TV Record
1964 – O mundo alegre de Zé Vasconcelos – TV Record/TV Rio
1964 – Regra de três – TV Rio
1964  – Sete Belo – TV Record
1965 – Quem Bate – TV Record
1966 – O Grosso da graça – TV Tupi-Rio
1966 – Zeloni é sempre Zeloni – TV Record
1966 – Mãos ao ar – TV Record
1967 – Família Trapo – TV Record
1967 – Vamos S’imbora – TV Record
1971 – Dom Camilo e os cabeludos – TV Tupi
1972 – Zeloni Forno & Fogão – TV Tupi
1973 – O Conde Zebra – TV Tupi

Clique no player e assista a um trecho de “O Conde Zebra”,  novela da TV Tupi (1973), com Otello Zeloni ao lado de Dante Rui e Renato Consorte e editado a partir do site Canal Memória.

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O primeiro índio do humor

Patacotaco 1Max Nunes (1922-2014) criou em 1953 para a Rádio Tupi-RJ o programam Um Pulga Na Camisola.

Max Nunes, em 1953, escrevendo Uma Pulga Na Camisola

Max, em 1953, escrevendo seu programa

Como todo programa criado, produzido e escrito por Max Nunes, Um Pulga Na Camisola tornou-se rapidamente um grande sucesso.Patacotaco 2Um dos personagens criados por Max para o programa foi o Índio Patacotaco, que foi interpretado por Orlando Drummond [o seo Peru de A Escolinha do Professor Raimundo e dublador de Popeye; Alf, o ETeimoso; Scooby-Doo e outros]. O personagem celebrizou sua entrada em cena sempre com a ladainha “pezinho pra frente, pezinho pra trás…” O parceiro de Drummond no quadro de Patacotaco era o também comediante Otávio França.

Diário da Noite - 1953

Diário da Noite – 1953

O programam Um Pulga Na Camisola, ainda em 1953, também passou a ser exibido pela TV Tupi. Na televisão, o parceiro de Drummond era o comediante Radamés Celestino

Diário da Noite - 1955

Diário da Noite – 1955

Uma Pulga Na Camisola ficou no ar de 1953 até 1958, sempre com muito sucesso. Também foi transformado em peça de teatro de revista por Max Nunes em parceria com J. Maia. Patacotaco foi, seguramente, o primeiro personagem índio do humor brasileiro, tendo sido reeditado pelo próprio Orlando Drummond em parceria com Paulo Silvino no programa Zorra Total, na TV Globo.

Paulo Silvino e Orlando Drummond

Paulo Silvino e Orlando Drummond

Clique no player e ouça um trecho do quadro Patacotaco veiculado pela Rádio Tupi, em 1954. Nesse esquete, excepcionalmente, surge a esposa do índio, que foi interpretada pela comediante Zezé Macedo, e teve também a participação de Nádia Maria, outra comediante brasileira.

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Inezita, caipira Nº1

Inezita Capa
Inezita Barroso (1925-2015) é, e será sempre, a primeira dama da música sertaneja brasileira. Há muita pesquisa sobre seu trabalho. Posso citar, por exemplo o livro “Inezita Barroso: A História de Uma Brasileira”, de Arley Pereira, Ed. 34, assim como a sua biografia em “Inezita Barroso: Rainha da Música Caipira”, de Carlos Eduardo Oliveira, Ed. Kelps.  Por isso mesmo o Baú do Maga não pretende traçar aqui a trajetória de sua carreira. A intenção é apenas homenageá-la pontuando alguns momentos. Um deles, por exemplo, num dos primeiros registros de Inezita, ainda como amadora, em 1950.

Folha da Manhã - 31/08/1950

Folha da Manhã – 31/08/1950

 O registro da gravação de seu primeiro disco em 78 rpm, em 1951.

Revista do Rádio - 1951

Revista do Rádio – 1951

Sua primeira contratação em rádio na recém inaugurada Rádio Nacional de São Paulo, em 1952.1952 Inezita na Nacional 11952 Inezita na Nacional 2Em 1954, ela teria o seu primeiro programa de televisão.

O Estado de S. Paulo - 31/08/1954

O Estado de S. Paulo – 31/08/1954

E gravaria o seu primeiro LP.

Revista do Rádio - 1954

Revista do Rádio – 1954

E como consequência seria premiada naquela ano com o Troféu Roquette Pinto, como melhor cantora de música popular (fato que iria se repetir nos anos de 1955, 1956, 1957, 1958 e 1959).

Inezita Barros ao lado de Randal Juliano, ambos da Rádio Record

Inezita premiada juntamente com Randal Juliano

Inezita Barroso talvez tenha sido a primeira cantora a demonstrar que a música era a sua prioridade máxima, muito acima de qualquer valor financeiro.

Revista do Rádio - 1955

Revista do Rádio – 1955

E também a primeira a trazer para a televisão o folclore brasileiro numa sala de estar em seu programa “Apareça Lá em Casa”, pela TV Record de São Paulo.

Revista do Rádio - 1956

Revista do Rádio – 1956

 Clique no player e ouça “Curupira”, música gravada no primeiro disco de Inezita Barroso, em 1951.

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